terça-feira, 16 de setembro de 2008

César Monteiro...



Teu corpo de madeira talho

À navalhadas de embocadura


Despindo tuas gravuras

Com os dedos da xilografia


Teus cedros são pernas arredias

À visão buril de minhas goivas


Talhar-te quero entre outras coisas

Gravar-te em minhas poesias

Banhar-te no verniz da alquimia


Que aos violeiros brota de repente

Xilocravar-te com meus dentes

Onde a madeira chora e se arrepia.


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