terça-feira, 14 de abril de 2009

POETA, SÁ FREITAS...



RANCHO ANTIGO


Hoje voltei aquele rancho antigo,
Feito de barro, onde vivi criança
E não fugi sequer de uma lembrança
De tudo que ali que se deu comigo.

Com cheiro de saudade o pé de figo,
Com o tronco já enrugado ainda balança
E o velho arado inútil ali descansa,
Tendo apenas o mato como abrigo.

À porta do ranchinho um banco havia,
Onde meu pai à tarde, com mestria,
Sua viola antiga dedilhava.

Então eu fui no tempo retornando,
Uma lágrima veio...foi rolando
E quando percebi...Já soluçava.


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