sexta-feira, 19 de setembro de 2008

(PABLO NERUDA)


MATILDE

Acalma-te Matilde!
Nas noites minerais
Sou o condor
Sobrevoando, querendo
Pousar em teu corpo.
Geografia perfeita!

Das cordilheiras o rei,
O teu senhor.

Oh!Mujer amada!
Tu não tens rival.
O amor dedicado
Á minha pátria não
Sobrepõe-se,
É apenas um cantar
Que ecoa deste exílio.

Estive ausente, um filho
Separado da mãe.

Vem Matilde!
Plenitude em forma
De mulher.
Cacho de uvas, o vinho
Que bebo e que me embriaga
De amor.

Dá-me tuas mãos,
Findou-se a devastação.
Juntos entraremos
Em minha casa materna.
Descansaremos em paz,
Querida!

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