segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Arethuza Viana


SEM BÚSSOLA


Como marinheiro à cata de fáceis amores,
o meu destino perambula pelo cais.
No coração, inevitáveis e afiadas dores,
na paisagem, onde fiquei um pouco mais!

O mar revolto, convidativo me chama,
para outras paisagens e tantas travessias.
- Coração marinheiro, não chora, não ama,
singra os mares, vive intensamente os dias!

Sem bússolas, sem rumo, que assim eu viva,
indo à outras terras com o coração que nada teme.
Mas inevitavelmente choro e fico pensativa:

- Será que meu coração outra vez se encantará?
Que mãos timoneiras, conduzirão um dia o leme,
que a algum porto seguro, finalmente, me levará?


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