quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Betânia Uchôa


Palavras...
As palavras do amor expiram como os versos.,
Com que adoço a amargura e embalo o pensamento: Vagos clarões, vapor de perfumes dispersos., Vidas que não têm vida, existências que invento; Esplendor cedo morto, ânsia breve, universos De pó, que o sopro espalha ao torvelim do vento, Raios de sol, no oceano entre as águas imersos -As palavras da fé vivem num só momento… Mas as palavras más, as do ódio e do despeito, O “não!” que desengana, o “nunca!” que alucina, E as do aleive, em baldões, e as da mofa, em risadas, Abrasam-nos o ouvido e entram-nos pelo peito: Ficam no coração, numa inércia assassina, Imóveis e imortais, como pedras geladas. Olavo Bilac Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (nasceu no Rio de Janeiro em 16 Dez 1865 e morreu em 28 Dez 1918 ) Bom dia amigos, Estou numa fase de sonetos, rsrs eles me atraem e quando percebo já estou com um a ler e a reler e esse é divino... ao lê-lo percebo alguém o declamando, fazendo da voz o corpo que sente e embala nesta emoção única, das palavras rimadas. Vou ficando por aqui, sempre desejando algo bom e belo, pois a vida é isto...alegria pura e confiança no amanhã.

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