sexta-feira, 19 de setembro de 2008

(ANJO AZUL)


Só por que amei?

Onde está minha doçura?
Perdi-a... Não a encontro mais...
E minha alegria ingênua?
Não sei... Morreu, acho eu...
Por que precisamos encontrar a escuridão,
Quando buscamos a Luz?
Perder o brilho, a doçura, a graça?
Eu não queria esquecer de mim...
Como era mesmo a felicidade?
Eu sorria tanto com a minha ingenuidade...
Agora só prantos na perene sobriedade
Sorrisos? Pra quê?
Graça? De quê?
A vida é tão sombria, tão sem cor
Pra que sorrir se há tantas lágrimas à chorar?
Pra que rir? É tão chato...
Pra que a beleza? É tudo tão feio...
Quem diria que aquela mulher-menina
Tão doce, alegre, cheia de vida e luz, morreria?
Ela parecia ser imortal... Tanta Vida!
Que tempestade poderia derrubá-la?
Que vendaval poderia arrastá-la?
Que arma poderia matá-la?
Mas a menina morreu...
E a mulher sobreviveu...
Forte, vivida, experiente... Amarga.
Sem cor, sem Luz, triste, apagada...
Pra quê acender?
Alma penada
Mulher apagada
Alma morta
Menina enterrada
Só uma sombra, nada mais
E o que eu fiz pra virar uma sombra?
Eu só amei...

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