domingo, 3 de agosto de 2008

Sou a roseira....

É noite e o silêncio é soberano...
O som faz-me viajar nos pensamentos enquanto o sono não vem.
Fecho meus olhos e busco em minhas lembranças os momentos mágicos da vida.
já andava a contar carneirinhos a mais e decidi levantar-me da cama,Minhas ânsias são barcos de velas pandas num mar revolto.
Meus desejos são navios encalhados próximo ao cais:
Tristes como escombros de um império que ruiu.
Meus propósitos desmoronaram
Como se fossem pontes sustentadas por pilastras de tédio.
Meus desejos perderam a bússola e dispersaram-se pelos becos escuros e tortuosos.
A saudade de minha infância são pipas coloridas
De muros de pedra cobertos de hera . . .
Sou a roseira que brotou num terreno rochoso.
Desabrochei para a vida, sugando com voracidade o pouco que me coube.
Sobrevivo às intempéries como posso.
As adversidades impediram-me de rebentar com todo meu esplendor.
Meu despertar acanhado não impediu que eu pudesse mostrar-me bela,
Mesmo que tudo contribua para a não-concretização de meu intento.
Ele continua a olhar-me dentro de meus olhos com uma intensidade de dó...
Chove . . . Minha alma encharcada de angústias inúteis;
Minhas sensações desmanteladas, descabeladas,
Entregues ao desassossego de quem sou .
Seus olhos hipnotizam-me. Já não sou eu.Chove . . . O sono não vem.
Quando me deparo com minha imagem refletida no espelho...
Love Hurts

Por vezes, quanto mais tentamos resolver e clarificar a situação mais complicamos...


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