terça-feira, 5 de agosto de 2008


O silêncio da neve, pensou o homem que estava sentado logo atrás do motorista do ônibus. Se aquilo fosse o começo de um poema, poderia chamar o que sentia em seu íntimo de o silêncio da neve....

.....Ele se lembrou de ter tentado ver o mundo pelos olhos de um homem capaz de sentir amor, simpatia e ternura. Ao fazer a mesma coisa naquele momento, já não sentia tanto medo da nevasca incessante. Sabia que não estavam destinados a cair num abismo. O ônibus iria se atrasar, mas chegaria ao destino.

.......Já em casa, no meio da noite, antes de dormir, ele atravessou o quarto de pijama, abriu as cortinas e observou os flocos grossos e pesados de neve que caíam sem cessar.

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